Olá, como vai?

São tempos desafiadores, certo? Por isso estamos aqui. Para continuar uma troca de ideias
que pode ajudar a todos. Lembre-se que você pode contribuir, seja mandando perguntas (que
podem ser dúvidas de outras pessoas também) ou acrescentando novos pontos de vista.
Em nosso último artigo, NOVAS TECNOLOGIAS, CRISE E GESTÃO CRIATIVA, falamos sobre os
ingredientes necessários para ter um time criativo e um ambiente de trabalho fértil para novas
ideias. Também dissertamos sobre inclusão, problemas que nos impulsionam e a importância
de estarmos sempre nos desafiando. Quer dar uma lida? Clique aqui, vai ser divertido(espero)!

Eu gostaria de começar este artigo acrescentando dois pontos importantes a partir de
feedbacks que colhemos dos leitores do último: 1. Autorresponsabilidade e 2. Liderança
horizontal.
É rapidinho:

  1. Nas empresas mais modernas, a autorresponsabilidade é fundamental em qualquer
    cargo pleno. Isso significa que uma pessoa contratada, que não seja um estagiário que
    ainda tem muito a aprender, deve ser capaz de resolver seus problemas e obstáculos,
    sem necessariamente um líder estar sempre chamando a sua atenção ou apontando o
    caminho. Significa que você deve ser responsável por você e pela sua entrega. Você
    pode e deve ter um time, mas deve saber gerir bem suas próprias demandas. Isso
    inclui saber pedir ajuda quando precisa também;
  2.  Liderança horizontal é aquela onde os líderes não exercem sua gestão com
    autoritarismo (que seria a liderança vertical, de cima para baixo). Na liderança
    horizontal, o líder é um facilitador, mais do que um chefe. Ele está para organizar e
    facilitar, não para dar ordens e dizer o que cada pessoa deve fazer. Além da liderança
    vertical sobrecarregar os líderes, ela vai dificultar o desenvolvimento dos liderados,
    que não vão precisar pensar por si mesmos enquanto recebem ordens. Então é
    importante saber delegar tarefas e responsabilidades para, assim, ter um bom time.

Agora vamos ao NOVO NORMAL.
Preparados? Então vamos lá!

Primeiro de tudo: a expressão “Novo normal” é um problema.
Ou você é novo, ou você é normal. Os dois, não dá.

“Novo” tem a ver com original, novidade, recente.

“Normal”, por outro lado, vem de norma, regra geral, aquilo que todo mundo já faz ou é.
Vamos de dicionário:


Definições de Oxford Languages

Quando falamos de “Novo normal”, estamos querendo, na verdade, falar de “Novas regras”. E,
de fato, temos novas regras a seguir nas fases de retorno relacionadas à pandemia que
enfrentamos. Muitas pessoas aprenderam a lavar as mãos de uma forma melhor e mais eficaz,
por exemplo. Esse talvez seja um “novo normal” possível. Respeitar o espaço alheio também
pode ser algo que aprendemos depois de tanto tempo em isolamento social, de quarentena,
em casa. Mas como isso afeta a nossa criatividade?

Bem, para falar das vantagens desse “Novo normal” e de como podemos encontrar caminhos
e soluções por meio dele, precisamos primeiro entender os problemas do antigo “normal”.
O fato é que: o normal sempre foi o inimigo número 1 das estratégias criativas.
Logo, a primeira lição que fica para nós, players da indústria criativa, é: não sejamos escravos
de um novo normal. Essa é a nossa chance de manter a mente fértil e abandonar regras que –
cá entre nós – nunca fizeram muito sentido.

Mas qual o lado bom de trabalhar com pessoas que vivem da criatividade?
Elas se retroalimentam! Quer dizer, se você, meu colega de trabalho, é criativo, isso me faz
mais inventivo por osmose. E não importa se você é meu cliente, chefe ou até concorrente. O
crescimento de um é o desenvolvimento do outro. Quanto mais engenhoso cada um de nós
for, mais inovador o nosso mercado será, de modo geral, e todos ganhamos com isso.
Então, recapitulando. Estamos em um momento de questionar os padrões que seguíamos
anteriormente. E a nossa melhoria resulta no crescimento de nossa indústria, de modo geral. E
podemos acrescentar a isso as inúmeras ferramentas tecnológicas, seja em forma de
dispositivos ou aplicativos que chegam em nossas mãos, todos os dias.

Podemos concluir que: é um ótimo momento para trabalhar com criatividade!

Então, o que você está esperando? Entre em contato com aquele profissional ou aquela
empresa que você sente que pode criar coisas bacanas com você. Venda sua ideia para sua
amiga que sabe ilustrar. Faça um vídeo falando sobre a vontade que você sempre teve de fazer
um vídeo, mas nunca teve coragem. Vivemos um tempo no qual ser administrador, dançarino
e chef ao mesmo tempo não é problema, é solução.

Ser contemporâneo significa estar de acordo com o nosso tempo atual. É entender que não
existem limites para a criatividade. Se seu período mais criativo for a madrugada, fale com seu
chefe para ter um turno de criação na madrugada, por que não? – Mas cuidado com a saúde,
hein?

Quem está com os dois pés em 2020, sabe que pode ser o que quiser. E tudo é – ou pode ser –
referência ou inspiração apara o desenvolvimento criativo. Um título de outdoor pode vir de
um seriado, a organização dos móveis de um escritório pode vir de uma coreografia, a receita
do almoço pode ter a inspiração dos elementos de um drink que você aprendeu durante a
quarentena.

Bem, acho que o recado está dado. Mas, se não estiver, segue um reforço:
Não guarde suas ideias na gaveta. Discuta. Debata. Questione. Não deixe de tentar por medo
de exposição. Troque ideias. Mude com frequência as suas fontes de inspiração. Navegue por
diferentes redes sociais e suas lógicas. Teste aplicativos, tente criar o seu, venda a sua ideia.
Estamos na era onde a rede social que mais cresce é o tiktok, com seus desafios engraçados –
e tudo bem! As pessoas podem dançar, seja da idade ou do jeito que for. As pessoas podem
passar vergonha na internet, se quiserem (e até sem querer, convenhamos) – e tudo bem. O
que não é legal é se fechar. Todo erro é um acerto. É isso o que nós precisamos aprender e nos
lembrarmos sempre – porque a gente sempre esquece: todo erro é um acerto.

Você pode começar fazendo vídeos sobre dicas de culinária, depois ver que fala bem sobre
relacionamentos e virar uma digital influencer de questões do coração: quando menos
esperar, estará indicando livros em um canal sobre literatura, poderá ser vista por uma
empresa de Salvador que é a sua cara e ser chamada para gerir pessoas lá. Ou você pode fazer
vídeos culinários e ficar por isso mesmo. Não deixe que uma falsa medição de sucesso defina
suas vitórias, trajetórias ou escolhas.

Esse é o verdadeiro novo ̶n̶o̶r̶m̶a̶l̶.
E quer mais uma dica? Divirta-se. O entusiasmo é uma ótima forma de medir se você está no
lugar certo, fazendo o que deve fazer e de se manter criativo. Porque nada dura (ou pelo
menos não dura com saúde) se você não estiver feliz.

Estamos combinados?

Estude sobre os países que estão à frente do nosso no quesito “retorno às atividades”, filtre as
informações que achar relevantes e aplique na sua realidade. O resto é deixar a imaginação
livre, o pensamento estratégico focado e realizar a atividade de criar.
E você? Tem mais dicas de como se manter criativo? Quais são suas fontes de inspiração
favoritas? Como você enxerga o novo normal? Em caso de dúvidas ou outras estratégias, fala
com a gente! Adoraríamos conhecer os seus pontos de vista e vivências.

Eu sou Addison Araújo, publicitário e gestor de ideias da Ipanema Comunicação e este foi o
meu segundo artigo em nosso blog. Visite nossa página para mais assuntos relacionados a
recomeços, marketing digital, presença feminina nas agências, o poder da influência na era
digital e muito mais! 😉