Segundo a revista Meio&Mensagem, “nos posts das 10 maiores marcas brasileiras no Facebook é nítida a falta de diversidade”, diz também que “65% das mulheres não se identificam com a maneira como são retratadas na publicidade brasileira”. Sabendo disso, chegamos ao questionamento: que sociedade é essa retratada na publicidade brasileira? Quem são essas mulheres brancas, magras, altas e de cabelos lisos dentro de uma população onde 53% das pessoas são negras ou pardas e 48% das mulheres estão acima do peso? Isso mostra como a comunicação ainda é usada como forma de difundir e fortificar padrões que estão longe de serem alcançados pelos brasileiros. O que é uma pena, já que nosso mercado é um canal aberto e continuo de informações que pode implantar e fomentar opiniões de aceitação, mas não está sendo usado para programar esses “novos ideais”. Felizmente, nem todas as marcas continuam ignorando esse tema e estão aderindo essa “transformação”, seja por estar em alta ou por acreditar realmente na diversidade, como o exemplo da Riachuelo ou do O Boticário, que lançam constantemente campanhas voltadas para a desconstrução e diversidade de gênero e arrebatam milhares de fãs e seguidores nas redes sociais e no mundo.
No dia 28 de junho foi comemorado o Dia do Orgulho LGBT, data celebrada e lembrada mundialmente, que marca um episódio ocorrido em Nova Iorque, em 1969, onde policiais agrediram gays, lésbicas e trans que frequentavam o bar Stonewall Inn. Dito isso, que tal inserir o tema na sua pauta? Pare um pouco e pense qual o seu posicionamento de marca em relação a esse assunto tão debatido atualmente. Você está comunicando para as pessoas certas? Ou também está propagando ideais e modos de vida que, talvez, estejam fora de alcance?
Por: Karolina Lopes – Social Media da Ipanema