Covid-19 e os impactos no futuro da comunicação.

A comunicação é a base de todas as relações e no contexto da pandemia percebemos sua importância mais do que nunca. Todos queremos ser escutados e entendidos, mas acabamos nos fechando em uma bolha e estamos sempre com os olhos voltados para as telas dos celulares. Foi assim que surgiu o discurso de que a internet afasta as pessoas, mas durante a pandemia nos vimos dependentes dela para estarmos perto, seja no ambiente de trabalho, no educacional ou mesmo na vida pessoal. E isso ainda vai impactar em muitas coisas.

É por meio da comunicação que interagimos, trocamos ideias, nos motivamos, descobrimos interesses e também fazemos negócios. Ou seja, para uma marca, é um mar de possibilidades para gerar conteúdo, engajar, tornar-se conhecido e gerar um grupo não só de clientes, mas de amantes do negócio. 

Durante a pandemia, muitas empresas precisaram se inserir ou inovar nas plataformas digitais, pois elas eram o único meio possível para troca de informações e vendas. Além disso, a forma de se comunicar também precisou ser trabalhada para que o público captasse bem a mensagem, não dando margem para ruídos na comunicação. Todo esse movimento está nos levando para uma comunicação mais clara, assertiva e afetiva.

Um exemplo é a Natura com a criação da Nat, personificação dos valores da empresa, que usa o Twitter como “Consultora Natura” para se comunicar. Ela não foi criada durante a pandemia, mas trabalhou bem a comunicação no período.

O futuro da comunicação vai carregar muitas marcas desse momento. Agora, mais do que pensar em likes, precisamos pensar nas pessoas, nas suas ânsias, desejos e diferentes personalidades. Muitas marcas já são adeptas do marketing one-to-one, que traz uma comunicação mais humanizada, personalizada, que entende bem seu público-alvo, conversa diretamente com ele e realmente troca ideias e a tendência é que esse número cresça ainda mais.

Uma ação importante, que reflete essa estratégia foi a campanha “Brinde do Bem” da Heineken, que abriu uma espécie de “vaquinha online” para as pessoas ajudarem bares e restaurantes favoritos, impedidos de funcionar, tendo o valor revertido em consumação após a abertura do estabelecimento.

É preciso estar sempre buscando compreender o cliente final, pensar na sua experiência com o produto/serviço e estar próximo, ouvindo suas opiniões e acompanhando suas tendências. Olhando ao redor, já conseguimos notar bastante diferença nas marcas, pensando mais no cuidado com as pessoas, e nas próprias plataformas, como o boom do TikTok (assunto para um próximo artigo). A comunicação já mudou, e você?