Eu adoro etimologia. Que se trata do estudo da origem e evolução das palavras. E
gostaria de começar este artigo falando da construção da palavra “problema”. De
acordo com o Dicionário Etimológico:
Pensei nisso a partir do surto pandêmico que estamos vivendo. Explico: atualmente, a
nossa cultura não consegue mais acompanhar o ritmo do nosso desenvolvimento
tecnológico. Não conseguimos compreender, assimilar, onde já chegamos em termos
de comunicação, ferramentas e possibilidades de investir, criar, se relacionar,
consumir, vender e viver.
Tudo acontece tão rápido, que as novidades parecem muitas vezes “absurdas”,
“perigosas” ou até “pecaminosas”. Simplesmente não usamos o que temos. Nosso
potencial.
A questão é: o mundo vai mudar. Ponto.
E a tendência é que aconteça cada vez mais rápido. Diante disso, nós temos duas
opções:
- Sermos resistentes até ficarmos obsoletos. Nos apegando ao que já
conhecemos e ao que já julgamos como o “jeito certo” de fazer as coisas.
Sendo saudosistas e nostálgicos, com a nossa atenção voltada ao
(ultra)passado. Por causa de um falsa sensação de segurança; - Ou… abrirmos os nossos braços e coração para o novo. Com responsabilidade,
claro. Mas é essa ousadia que abre espaço para novos negócios. É essa ousadia
que permite a adaptação de antigos modelos de gestão para os novos. Que são
muitas vezes mais baratos, mais eficazes, mais atuais (obviamente) e que
estarão de acordo com a nova mão de obra que está se formando agora ou se
formou há pouco tempo.
Pegando essa oportunidade que estamos tendo para refletir como exemplo (o
famigerado coronavírus), podemos ver vários negócios começando a se adaptar à
realidade remota. Coisa que já poderia ter acontecido há algum tempo. Eu já vi colegas
irem trabalhar sem necessidade (bem como reuniões que poderiam ser um e-mail ou
um Hangouts). Pessoas que, por exemplo, estavam doentes, mas que não podiam ou
queriam ir até um médico para pegar um atestado.
Era ir trabalhar doente ou correr o risco de perder o emprego. Por que? Por causa
dessas lideranças apegadas, essa cultura que demora a acompanhar as novas
tecnologias e possibilidades (que todos temos em algum nível, ninguém está
completamente pronto para o novo). Isso em um mundo com realidade aumentada,
5G, inteligência artificial. Na era da indústria 4.0. Faz sentido?
Eu nem preciso trazer fontes para dizer que flexibilidade é uma condição que está no
topo na busca de pessoas por novos empregos. Você já deve saber.
Se tem uma coisa que aprendi nesses quase 10 anos como produtor de conteúdo,
publicitário, gestor e empreendedor na indústria criativa, foi que existem 4
ingredientes básicos para a gente se destacar como profissional com real compromisso
com a inovação. São eles:
- Informação
Que dispensa explicações. Leia. Ouça. Observe. Saiba. - Capacidade associativa
Não adianta saber e não combinar conhecimentos. Ou saber, mas não aplicar. É
preciso ser rápido no pensar e no agir para não perder o timing! - Ousadia
O novo sempre vai assustar. Tentar sempre vai acarretar na possibilidade do
erro e das críticas. Ser pioneiro é regalia de quem não dá ouvidos ao medo.
Você vai ser julgado de qualquer jeito, então seja julgado fazendo o que
ninguém fez ainda. Arrisque-se. - Felicidade
Felicidade? Sim. Felicidade. Pessoas felizes são mais espontâneas, seguras,
entusiasmadas e contagiantes. Essas qualidades definem também os bons
líderes. E são geralmente os bons líderes que guiam os times na direção da
inovação. Primeiro você procura a sua felicidade, saúde e bem-estar. Depois,
leva essa energia transformadora para o ambiente de trabalho. Não tem erro.
Por último, e ainda mais importante, tem o tempero final dos nossos tempos
moderno-contemporâneos: a colaboração. Você está sempre conectado, você nunca
está sozinho, você precisa de companheiros(as) e parceiros(as). É muita informação
disponível no mundo. Nenhuma cabeça tem HD o suficiente para armazenar qualquer
porcentagem considerável desse mar de dados que, além de infinito, está em
expansão. Não há espaço para arrogância. Ser humilde e buscar ajuda é um caminho
sem volta na direção do crescimento exponencial.
E a colaboração também implica no respeito e na admiração pelo diferente. Valorize e
invista em mulheres, pessoas negras, população LGBTTQIA+, pessoas com deficiência,
albinos. Essas pessoas vão tender a ter visões de mundo muito mais únicas e originais.
Portanto, o seu conteúdo também. Sem contar com a importância política inegável da
inclusão. Vai, pelo menos, uma pitada dela!
Deu para entender a receita? São 4 ingredientes e 2 temperos fundamentais.
Talvez, se fôssemos mais atentos ao presente e menos apegados ao que já
conhecemos, estaríamos mais preparados para este momento tão desafiador. Talvez,
se o diferente não nos assustasse tanto e buscássemos aprender mais com “ele” e
aceita-lo, as pessoas estivessem mais unidas, com ações menos egoístas na hora de
enfrentar a crise mundial que vivemos agora. Mas há tempo para aprender. Há tempo
para mudar. Há esperança, força e inteligência para continuar.
…
Eu sou Addison Araújo, publicitário e gestor de ideias na Ipanema Comunicação, e
estou aberto a dialogar com você, caso tenha dúvidas, projetos ou queira acrescentar
novas informações a este material. Obrigado pela atenção e nos encontramos no
futuro – que já chegou.
E lembre-se: não tenha medo. Estamos juntos nessa.
Atenciosamente,
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